Nos últimos meses, o debate sobre a isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) ganhou força no cenário nacional.  

O Projeto de Lei nº 1.087/2025, aprovado pela Câmara dos Deputados e em análise pelo Senado, propõe uma ampla reformulação na forma como o Imposto de Renda é cobrado no Brasil. 

De um lado, milhões de brasileiros terão alívio fiscal com a isenção para rendimentos de até R$ 5 mil mensais.  

De outro, empresas e investidores precisarão reavaliar estratégias tributárias e de investimentos, especialmente diante da nova tributação de dividendos e das mudanças na carga consolidada entre pessoa jurídica e pessoa física. 

Mas, afinal, o que muda na prática com a isenção do Imposto de Renda, como isso afeta as empresas e qual é o papel da inteligência tributária nesse novo cenário? 

Para obter essas e outras respostas, continue a leitura. 

A maior reformulação do IR nos últimos anos 

O PL 1.087/2025 representa a maior atualização da legislação do Imposto de Renda em décadas. 

Com a proposta, passam a valer três mudanças principais: 

1. Isenção total para quem recebe até R$ 5 mil por mês 
2. Redução gradual da alíquota para rendas entre R$ 5 mil e R$ 7.350 mensais 
3. Criação de uma alíquota mínima efetiva de até 10% para rendas anuais superiores a R$ 600 mil, incluindo tributação sobre dividendos a partir de 2026 

Essas medidas têm como objetivo promover equidade tributária, mas também geram ajustes relevantes para quem está do outro lado da balança — as empresas, responsáveis pela geração de renda, distribuição de lucros e cumprimento de obrigações acessórias. 

A isenção do Imposto de Renda não afeta apenas o bolso do trabalhador. Ela repercute diretamente na gestão fiscal e previdenciária das empresas — que precisarão repensar cálculos, sistemas e estratégias de compensação tributária. 

O que muda para o trabalhador com a isenção do IR 

Para o trabalhador, a isenção do Imposto de Renda significa aumento da renda líquida e alívio no orçamento mensal. 

Um colaborador que ganha R$ 5 mil, por exemplo, deixará de pagar cerca de R$ 312 em imposto por mês — o que representa um ganho anual de mais de R$ 4 mil. 

Na prática, esse alívio pode: 

• Melhorar o poder de compra 

• Aumentar a percepção de valor da remuneração 

• Refletir em maior engajamento e satisfação dentro das empresas 

Por outro lado, os departamentos de Recursos Humanos terão papel central na adaptação às novas regras.  

Sistemas integrados ao eSocial precisarão ser reconfigurados para refletir as faixas de isenção e alíquotas progressivas. 

A AG, especialista em inteligência previdenciária e compliance tributário, atua justamente nessa interseção entre tecnologia, processos e legislação, auxiliando as companhias na análise da folha dos funcionários.  

Com soluções que automatizam cálculos e validam informações junto aos sistemas governamentais, a empresa garante que mudanças como a isenção do IR sejam incorporadas de forma segura, precisa e sem riscos de inconsistência fiscal. 

O impacto real da isenção do IR nas empresas e na gestão tributária 

Embora o foco do projeto seja o contribuinte (pessoa física), os efeitos sobre as empresas são expressivos. 

A isenção do Imposto de Renda amplia a base de consumo, mas reconfigura a tributação de lucros e dividendos, o que altera o equilíbrio entre as esferas jurídica e pessoal. 

De acordo com análises de especialistas, a carga consolidada (empresa + sócios) poderá chegar a 44% — patamar superior ao atual, que gira em torno de 34%.  

Isso ocorre porque, com a criação da alíquota mínima efetiva, sócios e acionistas deverão complementar o IRPF sempre que a empresa apresentar tributação abaixo do limite de 34%. 

O que isso significa na prática? 

1. Benefícios fiscais podem perder atratividade – programas como a Lei do Bem e incentivos à cultura, saúde ou esporte poderão ser menos vantajosos, já que a redução de IRPJ será compensada pela cobrança adicional na pessoa física. 
2. Empresas podem repensar políticas de distribuição de lucros – com a tributação de dividendos acima de R$ 50 mil mensais, muitos grupos empresariais avaliarão estratégias alternativas, como reinvestimentos internos ou ampliação de reservas de capital. 
3. A compensação de prejuízos fiscais exigirá cautela – o uso de prejuízos acumulados para reduzir o IRPJ pode gerar reflexo no IRPF dos sócios, diminuindo o benefício global e exigindo planejamento integrado. 

Esses pontos reforçam a importância de uma gestão tributária conectada à área previdenciária, especialmente em empresas de médio e grande porte. 

Na AG, essa visão integrada permite identificar oportunidades de crédito e compliance sem expor o negócio a riscos fiscais, mesmo diante de mudanças estruturais como a isenção do Imposto de Renda. 

Como as empresas podem se preparar 

Em um ambiente tributário em constante transformação, antecipar-se é a melhor forma de garantir segurança jurídica e eficiência financeira. 

A isenção do Imposto de Renda para faixas até R$ 5 mil representa um marco, mas também exige revisão completa de processos internos — especialmente nas áreas de folha, contabilidade, controladoria e planejamento tributário. 

Veja algumas ações essenciais para esse momento: 

1. Reavaliar políticas de remuneração e benefícios

A elevação da renda líquida pode alterar a percepção de valor de benefícios indiretos. 

Empresas podem aproveitar o momento para reposicionar seus pacotes de remuneração, valorizando benefícios não tributáveis e reforçando a comunicação interna. 

2. Revisar o enquadramento tributário e o uso de incentivos

Com a nova lógica da alíquota efetiva mínima, benefícios fiscais precisam ser cuidadosamente analisados. 

O que antes gerava economia, agora pode resultar em tributação compensatória para os sócios — exigindo planejamentos personalizados. 

3. Atualizar sistemas de folha e integração com o eSocial

A precisão dos cálculos será determinante para evitar autuações e inconsistências. Soluções automatizadas e com validação em tempo real, como as desenvolvidas pela AG, são fundamentais para garantir conformidade e eficiência operacional. 

4. Acompanhar a regulamentação e o cronograma de vigência

Embora aprovado na Câmara, o PL ainda aguarda análise no Senado e sanção presidencial. 

Empresas devem monitorar a tramitação e planejar a transição fiscal e previdenciária com antecedência, evitando surpresas quando as regras entrarem em vigor. 

Como a AG pode ajudar sua empresa 

O cenário tributário brasileiro está em constante evolução — e a isenção do Imposto de Renda é apenas uma das mudanças que reforçam a necessidade de gestão inteligente de dados fiscais e previdenciários. 

Na AG, ajudamos empresas na manutenção da conformidade com o eSocial, na identificação de oportunidades de economia e na correção de inconsistências que possam comprometer o fluxo de caixa ou a regularidade fiscal. 

Nosso ecossistema de soluções combina tecnologia, análise de dados e expertise jurídica, garantindo: 

• Mapeamento completo das obrigações previdenciárias 

• Segurança na apuração de encargos e tributos sobre a folha 

• Identificação de créditos e compensações que podem aliviar o impacto de novas medidas fiscais 

E, para empresas com estruturas mais complexas, a AG Tax complementa esse trabalho, atuando em tributos diretos e indiretos, oferecendo uma visão global da saúde fiscal corporativa. 

Isenção do Imposto de Renda e busca por equilíbrio tributário 

A isenção do Imposto de Renda é uma medida que promete beneficiar milhões de trabalhadores e ajustar distorções históricas da tributação sobre a renda no país. 

Entretanto, seu impacto vai muito além da pessoa física, atingindo a forma como as empresas planejam investimentos, distribuem lucros e gerenciam incentivos fiscais. 

Em um cenário no qual mudanças legais exigem respostas rápidas e fundamentadas, a inteligência tributária e previdenciária se torna um diferencial competitivo. 

Com a AG, sua empresa pode transformar a complexidade fiscal em eficiência, segurança e economia sustentável. 

Quer entender como a sua empresa pode se preparar para as mudanças do IR e fortalecer sua gestão tributária? Fale com um de nossos especialistas agora mesmo!