Pagar impostos no Brasil é uma tarefa complexa e burocrática que consome até 1.501 horas das empresas todos os anos.
Foi o que revelou o último relatório do Banco Mundial sobre o ambiente de negócios do país, denunciando mais uma vez as incoerências e atrasos do nosso sistema tributário.
Além das horas gastas com normas intermináveis e processos longos, a carga tributária segue altíssima e onera gravemente os lucros das empresas.
A seguir, vamos conferir todos os dados do relatório e entender por que pagar tributos é tão demorado e custoso no país.
Continue lendo e entenda o desafio da questão tributária.
O relatório Doing Business Subnacional Brasil 2021, publicado pelo Banco Mundial, revelou que o Brasil é o país onde mais se gasta tempo para pagar impostos no mundo todo.
O estudo apresenta uma análise comparativa do ambiente de negócios nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, além de medir a regulamentação da atividade de pequenas e médias empresas em cinco áreas:
Nos 27 estados do país, as empresas gastam entre 1.483 e 1.501 horas no processo de apuração, preparação da documentação, declaração e pagamento de tributo — mais do que em qualquer outro lugar do mundo.
Já falamos aqui no blog sobre o grande desafio que é lidar com a carga tributária pesada do nosso país.
O relatório do Banco Mundial confirma esse fato com mais dados importantes para entender nosso cenário atual:
80% das empresas consideram a carga tributária brasileira como um grande obstáculo às suas atividades;
70% acreditam que o cumprimento de obrigações fiscais é um fator limitante (mais do que o dobro da média da América Latina);
As empresas brasileiras pagam, em média, 65,3% de seus lucros em tributos a cada ano.
O país segue com a 15º maior carga tributária do mundo em um ranking de 30 países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
O Brasil ficou com a pontuação 34,1 no critério de pagamento de impostos no Doing Business, sendo que a média dos países do BRICS é de 71,4 e, a da América Latina, 60,7.
Os pontos são calculados com base na quantidade de tributos obrigatórios e na carga administrativa associada ao cumprimento dessas obrigações.
A medição inclui quatro componentes: número de pagamentos por ano, tempo para o cumprimento com as obrigações tributárias (número total de horas por ano para preparar, declarar e pagar os impostos e contribuições), carga tributária total (em porcentagem dos lucros da empresa) e índice de processos pós-declaração.
No caso, os processos pós-declaração consideram o tempo para cumprimento de restituições de tributos indiretos (ICMS, IPI, PIS e Cofins) e o tempo para cumprir com a retificação de IRPJ.
Veja como cada estado se saiu no relatório:
Quando falamos em pagar impostos no Brasil, estamos nos referindo a um processo complexo que leva em conta diversas tarefas administrativas e o cumprimento de inúmeras normas e procedimentos.
É preciso extrair, organizar e analisar dados contábeis; calcular os tributos devidos de acordo com a base de cálculo e alíquota aplicável; preencher e enviar declarações; liquidar guias de pagamento, entre outras etapas.
Segundo o relatório, o tempo dedicado ao pagamento dos tributos federais é o mesmo em todo o país: 361 horas para os tributos incidentes sobre a renda e 255 horas para os encargos trabalhistas e as contribuições sociais.
Já as obrigações tributárias decorrentes de tributos indiretos exigem entre 867 horas em 12 localidades e 885 horas nas 14 localidades.
Um grande problema do sistema tributário brasileiro é a quantidade absurda de regulamentações fiscais.
Um empreendedor iniciante precisa entender como cumprir com até 97 obrigações tributárias, reguladas por regras fiscais nacionais, estaduais e municipais — uma média de 4.377 normas, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
O instituto divulgou novos números impressionantes na edição de 2021 do relatório “Quantidade de Normas editadas no Brasil: 33 anos da constituição federal de 1988”:
Os números deixam claros que vivenciamos um “manicômio tributário” que toma muito tempo e recursos das empresas para o pagamento de impostos.
A quantidade excessiva de normas que dificultam a compreensão do contribuinte e o aumento da insegurança jurídica refletem diretamente no contencioso tributário do país.
Em países como Argentina, Colômbia e México, os tributos em litígio representam 0,09%, 0,19% e 0,54% do PIB, respectivamente. No Brasil, esse índice é de assustadores 13,91% do PIB.
Ao todo, são R$ 4,9 bilhões em valores de impostos contestados na Justiça, o que causa prejuízo para as empresas e atrasos no sistema — 70% das execuções judiciais pendentes hoje são relativas a questões tributárias.
Apesar dos números pouco animadores, o relatório do Banco Mundial também ressalta a evolução do país em alguns pontos e a expectativa de melhora no sistema tributário.
Entre as boas práticas identificadas, encontram-se os pagamentos em conjunto de tributos municipais e a aplicação de regras mais simples para o cumprimento com as obrigações tributárias municipais.
No Espírito Santo — que apresenta o melhor desempenho nacional — e no Paraná, as empresas fazem 9 pagamentos de impostos por ano, comparados com 12 na Bahia e no Pará.
Além disso, o estudo destaca os esforços para conceder incentivos fiscais e medidas que beneficiaram empresas durante a pandemia do coronavírus, como prorrogações nos prazos de declarações fiscais e pagamentos, parcelamentos de tributos e suspensão de processos fiscais.
O que fica claro no relatório é que não basta digitalizar processos se não houver uma reforma abrangente e aprofundada no sistema tributário do país.
Enquanto a reforma tributária não vem, o mínimo que você pode fazer para defender seu negócio é exigir os créditos tributários que lhe são de direito.
O relatório do Banco Mundial mostrou que, em 2019, foram recuperados mais de R$ 190 bilhões em créditos desse tipo.
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